Enseada conclui testes com o strut e se prepara para içar primeira perna do Goliath
Uma manobra diferenciada, que contou com o auxílio de dois guindastes de 450 e 750 toneladas, chamou a atenção dos integrantes da Enseada no final do mês de outubro. Naquele período, estava sendo iniciada a operação de montagem do strut, peça tubular vermelha que funcionará como alavanca e roldana durante o içamento das pernas do superguindaste Goliath, o mais alto do País.
Essa grande estrutura de apoio, que pesa 280 toneladas (com acessórios, chega a 320 toneladas), foi contratada pelo Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) junto à empresa ALE, especialista em movimentação de cargas de grande porte. O strut foi totalmente acoplado à extremidade norte da viga do guindaste no dia 24 de outubro e os testes foram concluídos nesta terça-feira (04), com avaliação positiva.
De acordo com Douglas Guimarães, coordenador de Planejamento da Enseada, a operação foi bem sucedida porque todos os profissionais atuaram em conjunto. “Foi um processo no qual a segurança, a adequação técnica dos equipamentos e a mão de obra estiveram ligados. Não poderíamos abrir mão do profissionalismo e da tecnologia”, comentou.
Segundo o responsável por Planejamento do CEP, Cid Martioli, o mesmo equipamento será utilizado para levantar a outra perna. Esta será a operação mais complexa que será realizada em toda a construção do Estaleiro. “Para essa perna, que tem 863 toneladas, serão necessários três guindastes para o içamento e posicionamento nos pinos. Num determinado momento, vamos atuar com cinco guindastes ao mesmo tempo”, disse. Serão necessários dois dias para colocar a hinged leg (perna móvel) no local planejado e um período total de sete dias para sua verticalização.
Estão sendo utilizados quatro macacos do tipo strand jack, com capacidade de 900 toneladas cada para a verticalização da fixed leg (perna fixa). Quando a viga principal do Goliath for erguida, mais de 50 mil metros de cabos de aço terão sido utilizados. “Serão muitas máquinas e esforços unidos nesta operação, onde a precisão dos movimentos será essencial para o sucesso”, pontuou Guimarães.
No mês de outubro, quando a fixed leg foi içada e acomodada sobre as torres de sustentação, a Odebrecht bateu o seu recorde em operações com utilização de guindastes. Na ocasião, foram içadas 1.111 toneladas, com o auxílio de duas máquinas do tipo LR 11350 (Mammoet) e M 18000 (Saraiva).
A previsão do CEP é que o içamento da perna fixa aconteça no próximo domingo e a movimentação da hinged leg até o fim de novembro.
