REFLORESTAMENTO: UM LEGADO DA ENSEADA PARA A SUSTENTABILIDADE
Há exatos 11 anos a Enseada Indústria Naval iniciava um belíssimo trabalho de recuperação de áreas degradadas em nascentes, matas ciliares e manguezais em comunidades do entorno, em Irriquitiá e Enseada do Paraguaçu (ambas em Maragojipe), em Cachoeira e São Félix.
Intitulado como Programa Verde Novo, por meio do qual foi reflorestado 76,80 hectares de vegetação nativa, sendo 7,19 de floresta ombrófila densa (dentro do site), 10,74 de manguezais e 58,87 de matas ciliares e nascentes, que contou com a participação das comunidades durante as diversas fases do seu desenvolvimento.
A execução do programa foi possível por conta da instalação de 03 viveiros florestais para produção de mudas de espécies nativa do bioma Mata Atlântica, sendo dois dentro do próprio site da Enseada e o terceiro na zona rural de Maragojipe. No total, foram produzidas 61.000 mil mudas de cerca de 80 espécies– entre elas, frutíferas como pitangueiras, goiabeiras e jabuticabeiras – que levavam 50 dias, em média, para que pudessem atingir a altura ideal para o plantio.
Viveiro de mudas do Projeto Verde Novo
Karla Barreto, então coordenadora do Projeto Verde Novo
A recuperação de nascentes e margens de rios é de grande importância ecológica e econômica, uma vez promove diretamente uma melhoria da quantidade e da qualidade da água e a diminuição de risco de erosão e assoreamento, garantindo maior infiltração de água no solo, recarga dos aquíferos, além da preservação de espécies aquáticas e terrestres.
Por sua vez, a recuperação de manguezais representa uma ação estratégica na região já que se trata de ecossistema raro, essencial à sobrevivência das espécies e à segurança alimentar das comunidades que têm na pesca e mariscagem a sua principal fonte de renda na região. Além disso, ele contribui para a proteção dos litorais e mitiga os efeitos das mudanças climáticas, incluindo eventos extremos.
Todos os plantios tiveram a participação das comunidades do entorno. No caso dos manguezais, os participantes eram marisqueiras e pescadores. O conhecimento que os moradores têm da região foi fundamental para o sucesso do Verde Novo. A ideia de integrar as comunidades nesse processo é baseada na sensibilização do indivíduo para o cuidado com o meio ambiente, estabelecendo o comprometimento com a manutenção das áreas recuperadas e fortalecendo a relação entre o ser humano e a natureza.
Recebimento e plantio de 1.000 mudas doadas pela BAMIN para enriquecimento vegetal do “corredor verde”
Seguindo a mesma premissa, no ano de 2022 foi realizado o plantio de 1.000 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, doadas pelo cliente BAMIN, para continuidade do adensamento de vegetação iniciado em 2020 na área do “corredor verde” no interior do site, que funciona como uma “cortina natural” de proteção para comunidade de Enseada do Paraguaçu. Essa vegetação amplia a barreira física e natural que divide as duas áreas, impedindo a dispersão de materiais particulados, absorvendo ruídos, auxiliando na conservação dos solos, manutenção do curso hídrico do rio Fazenda e no fortalecimento dos processos ecológicos nesta área, contribuindo com a preservação da Mata Atlântica da região.
Representantes da BAMIN e Enseada realizando plantio de mudas no “corredor verde”
Para além das funções ecológicas já citadas, as mudanças na paisagem após as atividades de revegetação trazem inúmeros impactos positivos para os que vivem e convivem nestes ambientes.
Com o Programa Verde Novo, a Enseada venceu o 4º Prêmio Naval de Qualidade e Sustentabilidade, na categoria Caminho para a Inovação e Desenvolvimento em Sustentabilidade, iniciativa do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e da Fundação Cultural ARO, que objetiva reconhecer empresas que implementam boas práticas corporativas nas áreas de qualidade e inovação, desenvolvimento sustentável, respeito ambiental e responsabilidade social.
Com estas ações, a Enseada Indústria Naval reitera o seu compromisso ambiental, prezando pelo desenvolvimento sustentável da região e pela qualidade de vida dos que ali habitam, buscando com isso deixar um legado positivo para as comunidades do entorno.
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Esta ação integra o escopo de ações de responsabilidade social da Enseada e o Programa de Educação Ambiental – PEA da Licença de Operação Nº 19.900, de 07 de janeiro de 2020, e a Licença de Alteração Nº 20.117, de 14 de fevereiro de 2020, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos hídricos – INEMA.