Palestra, em São Roque do Paraguaçu, marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase
No ano passado, as secretarias de Saúde dos municípios da Área de Influência Direta (AID) da Enseada – Maragojipe, Salinas da Margarida e Saubara – notificaram 33 casos de hanseníase. Para lembrar a data mundial de combate à doença (25 de janeiro) e alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, a Enseada realizou, na última sexta-feira (23), na Associação de Marisqueiras e Pescadores do distrito de São Roque do Paraguaçu, uma palestra sobre o tema.
Escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o último domingo do mês de janeiro, a data ainda é pouco aproveitada no País para realização de campanhas e ações de combate. Além da palestra, a Enseada produziu cartaz explicativo com informações sobre os sintomas e a forma de transmissão. O material foi colocado em pontos estratégicos das comunidades com maior número de casos.
Filipe Barbosa, enfermeiro da equipe de Responsabilidade Social da Enseada, afirmou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de novos casos de hanseníase. “É uma doença silenciosa, onde a maioria das pessoas procura atendimento tardiamente. Isso pode levar a complicações graves, incluindo a perda dos movimentos e outras lesões incapacitantes”, argumentou.
A doença
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge principalmente a pele e os nervos, podendo afetar a face, os braços, as pernas, as mãos e os pés. Se não for tratada, pode causar incapacidade, lesões ou deformidades nas mãos, nos pés, no nariz, nas orelhas ou nos olhos. A doença pode atingir homens e mulheres, adultos e crianças.
O contágio se dá por meio do contato direto de uma pessoa doente não tratada, através da respiração. Entre os sinais e sintomas da doença estão o aparecimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, manchas dormentes (com diminuição de sensibilidade), dormência nos pés e caroços avermelhados ou castanhos.