O movimento “Praia Limpa, Praia Linda” expande suas ações para Cairu de Salinas, com o apoio da Enseada
O movimento “Praia Limpa, Praia Linda” segue expandindo suas ações de mobilização e agregando pessoas comprometidas com a preservação ambiental através da formação de uma rede de multiplicadores e agentes ambientais na região pesqueira de Salinas da Margarida. No domingo dia 29 de outubro, a comunidade de Cairu de Salinas, realizou o mutirão de limpeza da praia que contou com uma média de 80 participantes responsáveis pela coleta de cerca de duas toneladas de lixo de suas praias. Sob a organização da Associação de Pescadores e Pescadoras da comunidade, a atividade contou com a parceria da Enseada Indústria Naval, da ONG Humana Brasil, escolas municipais, comerciantes, lideranças, pescadores, marisqueiras e moradores locais.
Como ocorrido na edição anterior em Conceição de Salinas, a Enseada realizou em parceria com técnicos da ONG Humana Brasil, atividade de educação ambiental para os alunos da Escola Municipal Januário Eleodoro de Lima. Durante a ação foram debatidos temas sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente e da preservação do ecossistema, necessários à sustentabilidade do homem e do planeta. Também foram reforçados os benefícios da pesca sustentável e levantadas situações do cotidiano desses jovens que são, em sua maioria, filhos de pescadores e marisqueiras e alguns também acompanham seus pais na pescaria.
A quantidade de lixo recolhidos nas praias da região, sobretudo de resíduos plásticos como copos e garrafas pet só reafirma a importância da permanência dessas ações de educação ambiental continuada em prol da formação de uma consciência ecológica fundamental à sustentabilidade do planeta. Atualmente, estima-se que mais de 8 milhões de toneladas de plástico sejam descartados nos oceanos todos os anos, como resultado do consumo, causando danos à vida marinha, pesca e ao turismo, além dos impactos à saúde humana. Tudo isso vem causando prejuízos econômicos aos ecossistemas marinhos e às comunidades costeiras que sobrevivem eminentemente da pesca artesanal.
Para Gabriela Silva, presidente da Associação de Pescadores e Pescadoras de Cairu de Salinas, “esse movimento representa a nossa existência quanto classe representativa da pesca, é algo que mexe com a gente e que é para nossa subsistência. Nesse movimento está sendo visto o quanto nós poluímos o nosso meio ambiente e o quanto ele precisa de nós. Vamos fazer desse movimento um alerta ao mundo de quanto temos que nos conscientizar de preservar o lugar onde vivemos e sobrevivemos. Preservar é uma obrigação de todos nós.”, afirma Silva.
As próximas ações socioambientais serão realizadas na sede de Salinas da Margarida e nas comunidades de Enseada do Paraguaçu e São Roque, no município de Maragogipe. Pretende-se que, até o final deste ano, sejam sensibilizadas em torno de 500 pessoas e recolhidos cerca de 10 toneladas de lixo das praias e manguezais dessa região do Recôncavo Baiano, que corresponde à área de influência direta do empreendimento. Desse modo a Enseada Indústria Naval, por meio do Programa de Educação Ambiental para Comunidades – PEAC, vem cumprindo suas condicionantes socioambientais estabelecidas no licenciamento ambiental do seu empreendimento e contribuindo efetivamente para uma mudança comportamental dos indivíduos que, possivelmente, resultará na melhoria da qualidade de vida dos moradores na região do seu entorno.
