Tradutores unificam trabalhos de brasileiros e estrangeiros na Enseada
A chegada do super guindaste Goliath movimentou a rotina da Unidade Paraguaçu da Enseada. Além das grandes peças que, aos poucos, vão sendo unidas, profissionais de várias partes do mundo trabalham na montagem do gigante pórtico. Para lidar com a presença desses estrangeiros das empresas fornecedoras, foi preciso contratar tradutores de vários idiomas.
Renato Sakamoto, 67 anos, é tradutor e sempre trabalhou na indústria. Até os sete anos não falava uma só palavra em português. “A tradição de uma família descendente de imigrantes japoneses imperava”, disse. Renato acompanha em campo e em reuniões os engenheiros da empresa japonesa Koike e, apesar de dominar o idioma oriental, nunca foi ao Japão.
Outro que atua traduzindo as palavras para os brasileiros é Roberto Beensdorp. Ele é o intérprete do idioma inglês para os integrantes nacionais. “É incrível trabalhar como tradutor. É possível conhecer novas culturas, descobrir que outros sabem fazer a mesma coisa de outra forma”, comentou. Roberto morou oito anos em Londres, e mesmo não concluindo o curso de engenharia mecânica, garante que o aprendizado foi suficiente para traduzir certos termos técnicos.
No Goliath, maior estrutura da Enseada com 150 metros altura, estão trabalhando 64 profissionais de cinco nacionalidades diferentes.