Com alta produtividade na fase operacional, Enseada processou 2,6 mil toneladas de aço
Uma indústria na Bahia que estava funcionando a todo vapor. Em um ano de atividades, iniciadas em 2014 no Estaleiro São Roque, de propriedade da Petrobras, a Enseada Indústria Naval atingiu a marca de 1,7 milhão de homem/hora trabalhada. Isso pode ser traduzido na alta produtividade da empresa no período operacional, que já construiu 65% do topside do navio Ondina, primeira encomenda que deverá ser entregue ao cliente Sete Brasil. Em 2014, 2 mil toneladas de aço foram processadas para a construção dessa sonda e resultaram na montagem de 55 blocos.
Em seu estaleiro próprio e já operacional, com a conquista da Licença de Operação do Ibama em outubro de 2014, a Enseada iniciou a construção do topside do navio Pituba, segunda encomenda, que atingiu 25% de progresso físico. Nessa mesma unidade industrial, foram montados os módulos do topside e a torre de perfuração do navio Ondina. Até fevereiro deste ano, foram processadas na unidade 600 toneladas de aço do Pituba e pré-edificados quatro megablocos. Em 2014, a Enseada chegou a atingir níveis de produtividade semelhantes aos indicadores da Kawasaki no Japão, motivo de grande comemoração por parte do time industrial do estaleiro.
Durante uma apresentação na Marintec South America, realizada em agosto no Rio de Janeiro, o vice-presidente de Operações da Enseada, Guilherme Guaragna, afirmou que uma das formas de se alcançar o aumento da produtividade é através da competividade. “A indústria naval não se sustenta apenas com o mercado brasileiro e o nosso maior desafio é competir internacionalmente. A indústria carece de competitividade e o caminho para isso, em âmbito internacional, passa justamente pelo desenvolvimento de tecnologias e inovação, não somente de produtos, mas principalmente de processos”, declarou Guaragna.
Novo cenário
Após um período de intensa performance industrial, adversidades externas nos clientes da Enseada impactaram o estaleiro, que foi obrigado a paralisar obras, interromper atividade industrial e desmobilizar quase 10 mil pessoas. No pico das obras 7.200 pessoas trabalhavam no canteiro. Se a pleno vapor estivesse, o estaleiro teria hoje, somente na Bahia, 6.191 integrantes. Atualmente existem menos de 300 cuidando da preservação de equipamentos.