Programa Conexão: a boa forma de entrar no mercado de trabalho

A construção de um Estaleiro. Várias comunidades impactadas. Uma grande iniciativa. Esses três fatores juntos resultaram na chegada do Programa Conexão, em Maragojipe. Desenvolvido pela Rede Cidadã, uma Organização Social sem fins lucrativos, o programa tem como meta inserir a população no mercado de trabalho e orientar aqueles que estão no início do processo de abrir um negócio ou que estejam buscando o crescimento de sua empresa.

“Nosso objetivo principal é trazer valor para os jovens de comunidades carentes. Valor através da integração na vida do trabalho. Além disso, damos suporte a empreendedores também, com um forte trabalho onde executivos de grandes empresas prestam serviços gratuitos de consultoria. Os voluntários ajudam passando conhecimento técnico na formação desse empreendedor para melhorar a tomada de decisão e a tomada de negócio”, afirmou Marcelo Khoury, gerente de Desenvolvimento Institucional da Rede Cidadã. Segundo ele, a Rede atua seguindo três eixos: empregabilidade, aprendizagem e empreendedorismo.

“Na empregabilidade ensinamos como se comportar em entrevistas, reconhecer o valor do trabalho. É algo voltado para as áreas de conscientização e comportamental. Depois entramos com uma capacitação mais específica e fazemos um simulado para saber se aquela pessoa está apta para entrar no mercado de trabalho. Quando falamos em aprendizagem, trabalhamos a inclusão de Jovens Aprendizes no mercado. Já o empreendedorismo abrange aqueles que não querem ter carteira assinada, e sim tomar conta de um negócio próprio”, explicou Marcelo.

Relação com a Enseada

O Programa Conexão foi contratado há dois anos pela Sete Brasil, cliente da Enseada na construção dos seis navios-sonda, depois de fazer um estudo nas comunidades que possivelmente seriam impactadas com a implantação do empreendimento na região. “Hoje estamos comemorando ótimos resultados. Poder contribuir com o crescimento local, oferecendo ao mercado profissionais mais preparados e, por outro lado, ajudando a realizar o sonho dos jovens de Maragojipe é algo muito importante para a empresa” disse Otávio Graça, gerente de Desempenho e Riscos da Sete Brasil.

Ao longo de dois anos, já passaram pelo Programa cerca de 1.150 pessoas apenas em Maragojipe, sendo que destes, 920 entraram para o banco de talentos do Conexão e estão aptos pelo programa para  ingressar no mercado de trabalho. O Conexão tem uma relação com as empresas da região e encaminha os jovens para a entrevistas de emprego. “Nesse período pudemos acompanhar o desenvolvimento dos 300 jovens empregados, o que não significam apenas números para nós, mas trajetórias de vida que foram modificadas para melhor. A parceria com a Enseada e os comerciantes locais, além do Sistema S e prefeitura, tornando o projeto mais forte e estruturado, foram fundamentais para hoje podermos fazer esse balanço positivo do Programa”, relatou Otávio.

De acordo com Ricardo Lyra, diretor de Pessoas e Organização da Enseada, a parceria com a Sete Brasil e a Rede Cidadã só traz benefícios para as comunidades. “Acreditamos no trabalho sério que essas empresas fazem. Muitos jovens que antes não tinham oportunidade de conseguir emprego hoje estão trabalhando graças ao Conexão. Nossa chegada na região não tem que ser apenas para construir navios, mas também para proporcionar transformação social e desenvolvimento local”, revelou Lyra.

O Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP), responsável pela construção da Enseada em Maragojipe, em dois anos, já empregou 86 Jovens Aprendizes por intermédio do Conexão. O Programa também aplicou um módulo de relações interpessoais para quatro turmas do Pronatec, em São Roque, no total de 160 alunos.

09/10/2014
Sem Comentários
Sem Comentários
código captcha * Seu e-mail não será divulgado