Projeto “Esporte para o Futuro” é lançado na comunidade quilombola de Enseada do Paraguaçu
Dia 11 de novembro foi a vez do Projeto “Esporte para o Futuro” ser lançado na sede comunitária do quilombo de Enseada do Paraguaçu. A ação contou com a presença de professores, alunos, lideranças e moradores, totalizando 31 participantes.
O Projeto é uma iniciativa da Associação de Pescadores(as), Marisqueiros(as), Lavradores(as) e Moradores(as) de São Roque e Enseada do Paraguaçu – APMALAM, executado pela Enseada Indústria Naval, com apoio da Copa Engenharia Ambiental, que disponibilizaram materiais esportivos como bolas oficiais, atabaques, berimbaus, pandeiros, shorts e coletes, para o desenvolvimento das modalidades de futebol e Capoeira. Esta ação beneficiará, a princípio, cerca de 50 crianças, jovens e adolescentes que têm nessas práticas esportivas uma vocação local.
O apoio da Enseada Indústria Naval tem o intuito de contribuir tanto para o desenvolvimento socioeducacional, reconhecendo o esporte como instrumento eficaz de inclusão e transformação social, como também para valorização das manifestações culturais e fortalecimento da identidade local.
Para o Mestre Marreta, da Associação Sociocultural de Capoeira Gamelo, que há cerca de seis anos desenvolve projetos sociais nas comunidades de São Roque e Enseada do Paraguaçu: “Nosso trabalho com a Capoeira é de suma importância para as crianças e adolescentes de nossa comunidade os acolhendo para que não fiquem vulneráveis às situações ruins que a sociedade oferece. O apoio da empresa Enseada Naval vem nos ajudar a fazer um trabalho ainda mais de qualidade pois com as ferramentas certas o sucesso com as crianças e adolescentes é garantindo. A Capoeira é vida, não é só um esporte, capoeira é cultura, é arte, é dança, é filosofia de vida, capoeira é respeito ao próximo e inclusão. Complementa o Mestre.”
De acordo com o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Roda de Capoeira – inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão, em 2008 – é um elemento estruturante de uma manifestação cultural, espaço e tempo, onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana – notadamente banto – recriados no Brasil.
Originada no século XVII, desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o controle e a violência. Hoje, é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional, além de praticada em mais de 160 países, em todos os continentes. Desde 2014 é reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
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Esta ação integra o escopo de ações de responsabilidade social da Enseada e dos Programas de Educação Ambiental – PEA, Fortalecimento da Cultura Quilombola e Comunicação Social – PCS da Licença de Operação Nº 19.900, de 07 de janeiro de 2020, e a Licença de Alteração Nº 20.117, de 14 de fevereiro de 2020, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos hídricos – INEMA.