Fórum discute oportunidades geradas pela indústria naval na Bahia
Aconteceu, na manhã desta terça-feira (23), em Salvador, mais uma edição do Fórum de Liderança [B+] que teve como tema as oportunidades geradas pelos setores de óleo, gás e da indústria naval. O diretor de Relações Institucionais da Enseada, Humberto Rangel, apresentou o case do Estaleiro para diversos líderes empresariais e abordou questões importantes sobre a história e retomada da indústria naval, a Enseada como resultado desse processo e os principais desafios para o setor.
“Com certeza ter uma tecnologia de ponta é fundamental para o nosso empreendimento. A participação da Kawasaki nisso é muito importante, pois eles têm um conhecimento específico e estão vendo o Estaleiro como parte do negócio deles”, revelou Rangel, destacando o programa de Transferência Tecnológica (TTA) que já levou 78 integrantes da Enseada, de um total de 102, para serem capacitados pela Kawasaki no Japão.
Dentre os desafios para a indústria, o executivo citou a sustentabilidade da carteira de negócios. “Hoje temos contratos até 2020 e queremos alcançar novos, pois para o cenário da indústria seis anos é um tempo curto. Queremos internacionalizar o nosso negócio e um dos fatores que vai nos permitir chegar ao mercado externo é ter uma mão de obra qualificada. Com isso vamos gerar também uma série de oportunidades para os fornecedores”, disse o diretor.
Profissional experiente nas áreas de petróleo, mineração e indústria naval, Eduardo Rappel, falou sobre as oportunidades do setor naval na Bahia. “O grande negócio deste segmento são as empresas fornecedoras, que geram a principal renda, já que suprem as empresas petroleiras e de condução naval com todo o insumo. Para cada empresa de produção de petróleo, existem pelo menos mil empresas fornecedoras e subfornecedoras”, contou Rappel.
Ainda segundo o consultor, o valor da produção de gás e petróleo no estado chega a R$ 4,5 bilhões por ano, enquanto os derivados chegam a R$ 9 bilhões. “Não conheço nenhum outro setor de serviço que tenha investimentos previstos nesta ordem. É coisa para gente grande”, comentou.