ENSEADA PARTICIPA DE REUNIÃO SOBRE RESGATE DA TRADICIONAL FESTA DO BORDEJO EM SÃO ROQUE DO PARAGUAÇU
No dia 13 de janeiro, um grupo de pescadores do Distrito de São Roque do Paraguaçu, município de Maragojipe, se reuniu com representantes da equipe de Sustentabilidade do Terminal Enseada para discutir o planejamento da próxima edição da tradicional Festa do Bordejo, naquela localidade. O evento, realizado a mais de 40 anos, acontece anualmente no dia 1º de janeiro, porém já no dia 31 de dezembro os festejos são iniciados com uma queima de fogos e com bandas musicais.
O bordejo é definido como uma corrida de canoas na Baía do Iguape e conta com participantes de várias localidades. A corrida é disputada em três categorias de embarcações (pequena, média e grande), saindo do quilombo do Forte da Salamina e chegando até São Roque do Paraguaçu.
Há alguns anos essa tradição vem sendo enfraquecida pela falta de apoio cultural e patrocínio para a sua realização. Preocupada com a perda de uma manifestação cultural de extrema importância para a região, a comunidade se reuniu no intuito formar uma nova comissão, que ficará responsável pelas tratativas, bem como pela captação dos apoios necessários à realização da ação, para que a tradição seja continuada e passada de geração a geração, preservando assim a riqueza da cultura do Recôncavo.
Sabendo da grandiosidade do evento e da sua representatividade como manifestação da cultura local, a Enseada permanecerá junto à comunidade para apoiar na articulação do evento, no que couber.
O Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC[1], elaborado pela Enseada em atendimento à anuência expedida pelo IPHAN, apontou como estratégia a importância da valorização das manifestações culturais como forma de proteção e perpetuação desses patrimônios culturais imateriais da região. Tal estratégia foi definida de forma participativa, com a metodologia de reflexões coletivas, em plenária, com os representantes culturais, estando o registro da síntese das contribuições de todos os participantes consolidadas em forma de relatórios contendo propostas de ações de proteção, por localidade.
[1] O INRC é uma metodologia de pesquisa desenvolvida pelo Iphan para produzir conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade para determinado grupo social. Contempla, além das categorias estabelecidas no Registro, edificações associadas a certos usos, a significações históricas e a imagens urbanas, independentemente de sua qualidade arquitetônica ou artística.
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Esta ação integra o escopo de ações de Sustentabilidade da Enseada e os levantamentos realizados no âmbito do Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC, além dos Programas de Educação Ambiental – PEA e Comunicação Social – PCS da Licença de Operação Nº 19.900, de 07 de janeiro de 2020, e a Licença de Alteração Nº 20.117, de 14 de fevereiro de 2020, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos hídricos – INEMA.