Novo marco: Enseada conclui verticalização da perna fixa do superguindaste Goliath
Doze de novembro, nove e cinquenta da manhã. O dia e o horário que a fixed leg, a perna fixa do Goliath, atingiu a plena verticalização. Com a conclusão dessa etapa, o Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) alcança mais um marco e vence mais um dos desafios no processo de construção da Unidade Paraguaçu da Enseada.
A operação de movimentação da perna fixa foi iniciada nas primeiras horas da manhã de terça-feira (11), num clima de muita expectativa. Na primeira etapa, ela foi içada até o ângulo 24,5° com o auxílio de um guindaste LR 11350. A partir daí, o strut, mastro temporário de 62 metros e 280 toneladas, assumiu o trabalho de rotação da fixed leg, com a ajuda de quatro strand jacks (capazes de suportar, cada um, 900 toneladas). Pesando 1.111 toneladas, com cerca de 135 metros de altura – somando perna, boogie e viga B1 (pequena parte da viga principal que foi soldada à peça), a fixed leg foi posicionada no lado norte do superguindaste, numa complexa operação que durou aproximadamente 17 horas.
“Todo o processo de içamento foi simulado durante um ano em um programa de computador específico. Tudo isso para que não houvesse nenhuma deformação plástica ou flambagem. Simulamos todas as condições possíveis para que a operação fosse concluída com o sucesso que foi. Devemos continuar com a mesma dedicação e profissionalismo para erguer a outra perna e a viga principal do Goliath”, destacou Marcus Vinicius, gerente de Obras da Enseada.
De acordo com Jacques Raigorodsky, da equipe de Operações Especiais do CEP, durante a concepção do projeto foi preciso definir os ângulos, realizar muitos cálculos. “Investimos mais alto para obtermos maior produtividade. Ele vai poder içar, de uma só vez, a torre de perfuração dos navios-sonda. Não existe Goliath Crane mais alto do que esse no mundo. Foi um grande desafio de engenharia para nós”, revelou Jacques.
Para Winston Bold, gerente de eletromecânica do CEP, além da escolha correta das empresas Konecrane, fornecedora do Goliath, e ALE, dos equipamentos de movimentação de carga, cada passo da operação foi estudado até a exaustão. “Concluída a verticalização, agora vamos ajustar os macacos hidráulicos, a fim de estabilizar a peça e iniciarmos o processo de soldagem”, argumentou.
Cinco equipes da área topográfica do CEP atuaram na operação de movimentação da perna. Duas lideradas por Marco Aurélio Ainsworth (responsável por Topografia Civil) e três comandadas por Rodrigo Pedral (coordenador de Engenharia e Topografia). As equipes analisaram fundações, ângulo e verticalidade da perna, torção no strut e deslocamento do pino de rotação.
Cerca de 250 profissionais, incluindo integrantes do CEP e de empresas subcontratadas, participaram da conclusão deste novo marco na construção do Estaleiro. A previsão dos profissionais envolvidos na operação é que em poucos dias os procedimentos para içar a hinged leg (perna móvel) sejam iniciados. O Goliath deve estar completamente montado em dezembro deste ano.
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Alana Gonzaga Ferreira
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EMERSON FERRAZ
Alana Gonzaga Ferreira
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