Viga principal do Goliath abriga um mundo de diversidades. Dá para imaginar?
Impossível não notar. Quem percorre o canteiro da Unidade Paraguaçu sente de imediato o olhar atraído para a viga principal do Goliath, que está posicionada em paralelo ao rio Paraguaçu. À primeira vista, a peça parece oca, mas a verdade é outra. Por dentro do equipamento que vai abrigar o “cérebro” do superguindaste, existe uma mistura de idiomas e competências que se convergem num único objetivo: erguer o maior guindaste do país.
Profissionais das áreas de soldagem, mecânica, elétrica e pintura, por exemplo, revezam-se nos trabalhos de montagem desta peça que, quando estiver pronta, ficará da altura de um prédio de 50 andares. Paulo José, chefe de Montagem da Auto Crane, umas das empresas contratadas pelo Consórcio Estaleiro Paraguaçu (CEP) para montar o Goliath, explicou detalhes sobre o equipamento. “A cabine de comando vai funcionar na perna fixa do guindaste, enquanto a cabine elétrica (o cérebro) ficará dentro da viga principal”.
Reinaldo Lobo, coordenador de Pré-edificação da Enseada, destacou como positivo o encontro de diversas nacionalidades nos trabalhos de edificação do Goliath. “São profissionais qualificados de países como Coréia, Finlândia e Holanda empenhados em nos entregar o mais alto guindaste do Brasil, numa operação de içamento inédita em terras brasileiras. O trabalho de hoje será recompensado amanhã com o ganho na nossa produtividade”, comentou Lobo.
Entre o piso e o teto, a viga principal possui 15 metros de altura, e o seu peso total é estimado em cerca de 1.700 toneladas (sem os carros). Atualmente, na parte externa do equipamento, está sendo pintada a nova logomarca da Enseada. Ela ficará bem ao centro da peça e se tornará visível a muitos quilômetros de distância.
A previsão é de que a viga principal do superguindaste, que possui de uma ponta a outra cerca de 140 metros, seja içada pelas pernas do pórtico no mês de outubro.